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A Associação Brasileira dos Transplantados de Coração e Portadores de Insuficiência Cardíaca Congestiva – ICC “Salve o Coração” é uma instituição sem fins lucrativos e foi fundada em 31/07/2007 por um grupo de pacientes transplantados cardíacos com a finalidade de orientar aos transplantados pós cirurgia sobre os benefícios concedidos pela Legislação Brasileira. Nossa missão é promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas portadoras de ICC e Transplantadas Cardíacas, esclarecer e também incentivar a “Doação de Órgãos para transplantes.
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Brasileiros mudam hábitos e levam vida saudável após sofrer infarto

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O Hospital do Coração, em São Paulo, em parceria com o Ministério da Saúde, criou dieta para ajudar quem precisa proteger a saúde do coração.

A noite trouxe tranquilidade para a enfermeira Rosemere depois de um longo dia de trabalho. Já em casa, era hora de relaxar. Mas em vez do descanso merecido, um susto. Uma reviravolta que ia deixar marcas para a vida toda.
"Eu acordei com uma dor forte nas costas. Achei que eram gases. Tomei remédio, mas não passou. No dia seguinte, fui até o hospital. E, aí, os médicos me disseram que era dor na coluna", lembra a enfermeira Rosimere.
Mas não era coluna. Foi a dor de um infarto. Só descoberto uma semana depois. A enfermeira do Rio teve sorte. Naquela noite Rosimere poderia ter morrido dormindo.
Milagre? Rosimere, hoje, esbanja saúde. E o mais importante: exercita uma nova maneira de viver. "Antigamente meu coração disparava, hoje em dia os batimentos cardíacos são normais".
O santo remédio para se sentir assim: se cuidar!

"No caso da Rosimere especificamente foi um conjunto de fatores que a levou a ter um ataque cardíaco. O estresse, estar acima do peso, uma alimentação não adequada e o sedentarismo. Ela não fazia nenhum tipo de atividade fisica", analisa Cynthia Magalhães, diretora médica do Instituto Nacional de Cardiologia RJ.
"Daqui para a frente creio que isso não vai acontecer mais", acredita Rosimere.
A chance de uma vida nova. Quantos já encontraram esse caminho?
O petroquímico Valdir também passou maus bocados. O que aconteceu ao homem de Santo André que deixou a família tão assustada?
Ele nunca foi considerado obeso. Sempre fez exercícios físicos, praticou esportes e, mesmo assim, a batida do coração do Valdir entrou em descompasso.
Era infarto. No meio da partida de tênis, o coração parou. E parou por quê?
Conhecemos Valdir em um fim de semana dos mais saudáveis. Um novo homem, sem exageros. Valdir conta no que mais exagerava: "Eu acho que era mais doce. Meu pecado maior. Minha gula maior sempre foi doce. A esposa tem uma habilidade para fabricar bolos”, conta Valdir.
Agora, em vez do bolo é o peixe que vai para o forno. E para acompanhar?
"Fruta, legume, salada, cereal, aveia, pão integral, iogurte desnatado, leite desnatado”, conta a mulher Luci Cavalcanti.
Ah, se o cardápio fosse assim antes. Por causa da dieta gordurosa, uma das artérias de Valdir chegou a ficar 90% entupida.
No prato, agora, só porções de saúde. E não só para dele. As frutas, cortadas no maior capricho, foram a estratégia do Valdir para despertar o interese da família toda por novos sabores.
"A gente não tinha o hábito de ficar comendo fruta”, explica a mulher.
A mulher e as duas filhas do Valdir apoiaram, experimentaram e não largaram mais a nova dieta com medo do infarto. Medo, às vezes, é o que falta para o primeiro passo. Aos poucos a mudança de hábitos melhora a confiança e fortalece o coração. Segundo os médicos, de cada dez infartos, nove poderiam ser evitados com medidas de prevenção.
"Agora estou cheia de alegria porque estou com o meu coração”, comemora a aposentada Risoleida.
Depois de atravessar um século inteiro na batida perfeita, o coração da aposentada fraquejou. Ela precisou passar por um pequeno procedimento há dois anos para ter o velho vigor de volta.
É a comemoração de quem escolheu, muito cedo, o caminho para a vida longa. Ela tem 105 anos. A filha, Maria Luiza, 80. Vivem juntas em Copacabana. Duas gerações e uma energia de dar inveja. Quem nasceu no tempo de dona Risoleida, não esperava viver tanto. A expectativa de vida não chegava a 35 anos no início do século passado. "Nasci no dia seis de outubro de 1906”, diz dona Risoleida.
Aos 33 anos, a enfermeira que só descobriu o infarto uma semana depois de passar mal, ainda viveria fortes emoções. Ela engravidou após um infarto. "Eu infartei em 98 e aí, três meses após eu engravidei", lembra Rosimere.
Segundos os médicos, Rosimery nao poderia ficar grávida. Ela explica que foi uma gravidez de risco. Mas hoje o filho comemora por ver a mae firme e forte. "Ah mamãe, eu te amo”, declara o filho Vinícius Macedo.
"A mulher se preocupa com a saúde dos filhos, com a saúde do marido, e ela fica em último lugar. Ela não lembra que também tem um coração que pode adoecer", observa Cynthia Magalhães, diretora médica do Instituto Nacional de Cardiologia do RJ.
Rosimery tem mesmo muitos motivos para festejar. "O infarto do miocárdio é a maior causa de morte entre as mulheres. Ele mata mais do que o câncer de mama”, afirma a médica.
E atenção homens e mulheres: um terço das pessoas, no Brasil, morre de doenças cardiovasculares. Mais do que o dobro de mortes por câncer", explica Raul Dias dos Santos, cardiologista Incor de SP.
"A mulher sofre a consequência da dupla jornada. Ela trabalha fora, ela trabalha em casa, ela cuida de todo mundo mas ela não cuida dela", analisa o cardiologista.
"Nós fizemos uma pesquisa em quase 10 mil pacientes, a mulher controla o colesterol pior do que o homem", completa Raul.
O cardiologista também analisa o coração do homem no Brasil: "O homem acha que é indestrutível! Isso é uma das coisas que existem mesmo: ‘só vou no médico morrendo, não quero saber da pressão se está alta se meu colesterol nao está’. Isso é uma realidade".
Valdir, que abusava dos doces, é um dos alunos mais aplicados de uma turma
que aprende uma lição importante. A comida do dia-a-dia pode ser um risco ou garantia de saúde para quem já teve ou não quer ter um infarto.
Por isso, o Hospital do Coração, em São Paulo, em parceria com o Ministério da Saúde, criou uma dieta, não para emagrecer e, sim, para proteger o coração. A dieta cardioprotetora.
E dá para comer de tudo. Corações na mesa: verde, amarelo e azul. Cores da bandeira do Brasil. O que elas representam? No grupo verde, alimentos que não pesam muito na balança. Dá para abusar um pouco nas quantidades.
Já no amarelo, atenção com o que vai para o prato. Azul, cuidado. Escolha com moderação o que vai comer. Apesar de tentador, tudo desse grupo tem mais gordura e colesterol.
A dieta que protege o coração foi inspirada na dieta mediterrânea, só que usa produtos brasileiros. Foi elaborada com os alimentos mais consumidos e mais fáceis de serem encontrados em todo o país.
É resultado de uma pesquisa inédita que recrutou 120 pessoas. E pode ser usada em todas as refeições. “É uma combinação certa, na qualidade e na quantidade que vai poder diminuir fatores de risco. Fibras, vitaminas, minerais, que são importantes para o bom funcionamento do organismo”, explica a nutricionista Andrea Galante.
No restaurante do Hospital do Coração, onde são servidas refeições para os médicos, funcionários e parentes dos pacientes, a preocupação com o coração é total.
A mesa de sobremesa têm frutas e doces - diet e normal. No buffet de salada, fartura: são vários pratos. Tem até mandioca frita. Ao lado, verdura no vapor. O arroz é com lentilha e cebola frita por cima.
E por último, carne no espeto, que á kafta. Qual será a combinação mais saudável? Consultamos uma nutricionista do Hospital. Ela explica que é possível comer de tudo. “Dependendo da quantidade que você for comer e da combinação que você fizer". E afirma que até a mandioca frita está liberada. "Até a mandioca frita e a cebola frita. vai dependender da quantidade" afirma Angela Ferreira.
Ela monta os pratos respeitando os limites da dieta cardioprotetora. Fartura de alimentos do grupo verde, salada. Quantidades pequenas do amarelo, que no caso são lentilha e arroz. E porções ainda mais reduzidas do grupo azul, madioca e carne.
E como equilibrar as quantidades? Quando se quer mais mandioca no prato, por exemplo, o arroz deve ser evitado. Para comer de tudo, tem que ser um pouquinho de cada coisa.
O almoço tem em torno de 400, 500 calorias.
Valdir cultiva novos hábitos até no quintal de casa. Ele plantou temperos para não usar mais nada artificial. Então, como vai o coração, Valdir? "O colesterol bom subiu o colesterol ruim caiu ainda mais. Sempre lembrando que eu tomo medicamentos", conta Valdir.
Ele admite que a dieta ajuda bastante. "A minha esperança é ter muitos anos pela frente. Tem muitas coisas para ver e acontecer ainda: netos, por exemplo, formatura das filhas”.
Dona Risoleida é o equilíbrio em pessoa. Conquistou a harmonia em mais de um século de vida. "É uma calça para costurar, é uma bainha para fazer”, diz a aposentada.
Ainda hoje, falou em trabalho é com ela. Será que tem receita para uma vida assim? Cenoura, agrião, alface e beterraba. Invadimos a cozinha para saber qual é a dieta da matriarca.
A filha Maria Luiza é a companhia carinhosa e constante. E faz todos os gostos da mãe. "Olha, eu não faço extravagância. Eu não gosto de doce. Entre um doce e uma fruta eu prefiro uma fruta”, conta a aposentada.
A mesa é colorida, variada. As porções, comedidas. E tal mãe, tal filha. Ela conta que nunca foi de encher o prato.
Pequenas porções, grandes doses de saúde no prato! A enfermeira Rosimery aprendeu e ensina ao filho Vinícius. Mas é difícil resistir às tentações.
Por enquanto ela ainda não conseguiu convencer o filho a comer bem. “Nesta idade você já sabe como é que é”, diz a enfermeira.
Vinicius não come chuchu, beterrada, alface e nem brócolis.
"Quanto mais cedo começar, melhor! A doença do coração começa quando você é jovem. Só que ela vai se manifestar mais tarde. Então, se você desde pequeno souber e combater os fatores de risco, vai fazer muita diferença", explica Raul Dias dos Santos, cardiologista do IncorSP.
Corações no ritmo em todas as histórias que encontramos.
Há dois anos Maria Luiza estranhou a falta de ânimo da mãe. Uma das válvulas do coração centenário de Dona Risoleida deu sinais de cansaço, o que dificultava a passagem de sangue.
Mas em vez de uma cirurgia convencional, com corte do peito, ela passou por um procedimento bem mais simples. Com a ajuda de um catéter, os médicos introduziram uma espécie de balão dentro da válvula com defeito.
"A mulher tem umas artérias coronárias mais finas. Mais suscetíveis à doença", explica Cynthia Magalhães.
A recuperação foi rápida. Dona Risoleida renasceu: "Eu fiquei mais animada para viver, tenho mais vontade de fazer as coisas", diz dona Risoleida.
"Alimentação e atividade física, isso depende da gente", diz Valdir.
No que depender de Rosimere, ela quer mais gente com vida nova.
Além da própria experiência, aprendeu uma terapia alternativa para ajudar as pessoas. Rosemery diz que hoje em dia o coração vem em primeiro lugar.
Quinta-feira, logo depois do carnaval, 10h30. Será que Rosimere tem ânimo para cuidar do coração? Para saber se ela está fazendo mesmo os exercícios físicos, nós voltamos à academia de ginástica do hospital para ver se Rosimere estava lá, e ela estava.
"Não pode parar, tem de ser para vida toda”, destaca o cardiologista Daniel Kopiler

Número de transplantes no Brasil mais que dobrou na última década

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O Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes em 2011. Apesar do avanço, 48% das famílias ainda não aceitam a doação de órgãos.
O Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes em 2011, um número recorde. Em uma década, o país mais que dobrou o número de cirurgias - o aumento foi de 124% em relação a 2001, quando foram realizados 10.428 procedimentos.
O Profissão Repórter desta terça-feira, 24 de abril, mostrou casos emocionantes de transplantes de órgãos que ilustram essa estatística. Durante cerca de dois meses, os repórteres Thaís Itaqui e Rafael Batista acompanharam a expectativa dos pacientes do Instituto do Coração, em São Paulo, que enfrentam uma longa espera e acabam fazendo do hospital uma extensão de suas casas. A reportagem testemunha um transplante feito num paciente que há nove meses esperava por um coração.
Veja reportagem especial sobre crianças
No Ceará, um dos quatro estados que mais fazem transplantes no país, os repórteres Fernando David e Gabriela Lian acompanharam de perto o trabalho da Central de Transplantes. Inaugurada em 1998, a instituição está presente em vários estados do Brasil e viabiliza o caminho entre o órgão e o paciente que necessita de transplante. A equipe do programa acompanha o transporte de dois rins que seguiram de Fortaleza para Recife.
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Felipe Bentivegna e Danielle França foram a Santa Catarina, estado com o maior número de doadores, e mostram a rotina de uma equipe de enfermeiras e assistentes sociais do Hospital Governador Celso Ramos. São eles que fazem o pedido de doação de órgãos para pessoas que acabaram de perder um parente. Um momento delicado, mas fundamental para o pacientes que necessitam do transplante.
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